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Uma simples corrida

A vida é uma simples corrida. Todos os dias tu acordas pensando, na maior parte das vezes, em fazer o bem a si mesmo e, quiçá, o bem daqueles que te rodeiam.

Correr tem uma simbologia tão forte pra mim que me emociono em pensar na profundidade que o simples ato pode ter.

Veja, correr pode parecer simples: um passo após o outro segues em direção ao que queres, ou desejas. Mas ao mesmo tempo é tão duro e esforçoso que as lições simplesmente aparecem como um passe de mágica.

Correr exige uma concentração, sem a qual, não atingirias o que desejas (velocidade, distância, tempo). Do mesmo modo, exige que tua concentração seja integralmente dedicada ao trabalho que tens no momento. Sem esses aspectos teu desempenho não segue em direção ao teu máximo.

Não aprendi

Não aprendi a correr por mim, corri e corro por aqueles que me rodeiam. Não faço o que faço apenas por mim, e, sim, por aqueles a quem meu coração pertence. Lembro de cada um deles em cada momento de minhas batalhas.

E correr, especialmente com a Andi, foi algo que me forcei a fazer porque sabia que seria um bom modo de fazê-la esforçar-se além do que ela já passava de desafios físicos.

Desde o dia em que recebemos o diagnóstico de câncer me organizei para levá-la a fazer o que ela não havia feito até então. Se o desafio exige os limites então façamos nosso caminho em direção ao limite com consciência e desejo.

Corremos e andamos

Nos momentos mais extremos e frios: caminhamos de mãos dadas. Quando foi possível corremos.

Hoje me esforço para fazer com que ela dê o máximo dela para alcançar o melhor que podemos, juntos.

Veja: não conheço meus limites (ainda bem) e menos ainda os dela. Mas isso não me impede de tentar sempre melhorar e fazer com que nós dois juntos alcancemos ainda mais.

Isso não muda nada entre nós: ambos sabemos que temos nossas limitações (e pra ser honesto acho que elas ainda tem de crescer muito) mas cada passo que damos juntos nos guia em direção ao nosso melhor.

Você consegue entender o quanto isso é importante?

Você se sente assim também com quem te rodeia?

Sobre isso

Não sei nada. Apenas acompanho meu raciocínio com bons mestres. Dos quais um deles diz:

O mais difícil é descer no mundo, aceitar, enfim, nossa encarnação.
Fugimos por muito tempo, e é sempre de nosso nascimento que fugimos. Se continuamos recusando nascer e morrer a cada instante, se rejeitamos a encarnação, deixamos o curso livre para um sofrimento que só pode ser confrontado em seu próprio campo de batalha.
A “realização”, ou a concretização espiritual, acontece na matéria.
Trata-se muito mais de uma descida do que de uma elevação.

 

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