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Outubro Rosa – Combate ao câncer de mama

Em outubro não se comemora apenas o Dia das Crianças. O 10º mês do ano também foi escolhido para representar a luta mundial contra o câncer de mama. Trata-se do Outubro Rosa, uma ação para conscientizar e mobilizar a sociedade ao combate à doença. A ação surgiu em 1997, nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia e foi marcada pela iluminação de monumentos históricos com luzes  rosa  – desde então vários outros países aderiram à campanha. Até falando de saúde estamos sempre viajando pelo mundo.

Em terras brasileiras, durante todo mês, uma série de eventos vai colorir de cor de rosa alguns dos pontos mais importantes do país. No Rio de Janeiro, o símbolo escolhido foi o Cristo Redentor. Em São Paulo, são quatro: o Monumento das Bandeiras, o Prédio da BM&F, a esquina da Rua Oscar Freire com Haddock Lobo e o Shopping Iguatemi. Em Belo Horizonte, ficará cor de rosa o Museu de Artes e Ofícios. Em Recife, o Palácio do Campo das Princesas. Já em Blumenau será a Ponte do Centro. Na cidade histórica de Ouro Preto, a Igreja Nossa Senhora do Rosário será iluminada e, em Porto Alegre, serão o Monumento à Júlio de Castilhos e a Fundação Iberê Camargo.
A ideia é alertar a população sobre a importância da mamografia periódica para todas as mulheres com mais de 40 anos e do diagnóstico precoce. Lembrando que o exame mamográfico é o melhor meio para detectar tumores ainda em fase inicial, possibilitando a cura em até 95% dos casos. Segundo a American Cancer Society, cerca de 1,3 milhão de mulheres no mundo são diagnosticadas com câncer de mama anualmente e 465 mil morrem por causa da enfermidade. Detalhe: a doença ainda afetará a  vida de mais de 49 mil brasileiras até o final deste ano.

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Semana Nacional do Combate ao AVC

A cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém em algum lugar morre de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso, no entanto, é mais do que uma estatística de saúde pública. Estas são pessoas que, ao mesmo tempo, eram irmãs de alguém, irmãos, esposa, marido, filha, filho, parceiro, mãe, pai ou amigo. Eles existiam e eram amados.

O AVC é a segunda principal causa de morte entre pessoas acima dos 60 anos de idade, e a quinta causa principal causa dos 15 aos 59 anos. O AVC também afeta crianças, incluindo recém-nascidos. A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral. Na verdade, o AVC é responsável por mais mortes anualmente do que as atribuídos à AIDS, tuberculose e malária juntos – três doenças que foram referências de sucesso em campanhas de saúde pública, capturando a atenção da mídia mundial e que, consequentemente, convocando líderes mundiais, governos e diversos setores da sociedade civil para agir. No Brasil, o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade, com um enorme impacto econômico e social.

Atrás dos números existem vidas reais. A Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO) está pedindo medidas urgentes para enfrentar a epidemia silenciosa, lançando a campanha “Um em cada seis” no Dia Mundial do AVC, 29 de Outubro. O objetivo da campanha é colocar a luta contra o Acidente Vascular Cerebral como tema central da agenda global de saúde. O tema “Um em cada seis” foi escolhido pelos líderes da WSO para destacar o fato de que no mundo de hoje, um em cada seis pessoas no mundo inteiro terá um AVC durante a sua vida. Todos estão em risco e a situação pode piorar com a complacência e a inércia.

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Quero mudar de carreira. E agora?

http://vocesa.abril.com.br/blog/marcelo-cuellar/?p=152

No post anterior falei um pouco sobre mudança de emprego. Mas e se sua dúvida for mais complexa do que isto? E se você quiser fazer uma mudança maior?

Você pode ter chegado a conclusão de que nasceu para outro tipo de carreira; que seu talento está sendo desperdiçado na sua atual empresa ou ocupação profissional e que se você fizer o movimento certo você poderá ser muito mais feliz do que é hoje. Loucura? Eu acho que não. Até porque – provavelmente – você deve estar certo.

Eu realmente acredito que no fundo as pessoas sabem para o que elas têm talento ou habilidade; o grande problema é que na maioria das vezes não sabemos como traduzir a este talento em uma profissão.

E por esta razão mudar de carreira não é uma coisa simples e pode ser considerado um processo de alto risco. As chances de você quebrar a cara podem ser grandes e provavelmente você terá que dar nem um nem alguns, mas sim MUITOS passos para trás. Você está disposto? Se sim, algumas dicas a seguir poderão lhe ser úteis.

A primeira coisa a fazer é descobrir se realmente esta nova profissão que tanto lhe chama a atenção é exatamente isso que você pensa que é, porque nenhuma profissão no mundo são apenas rosas. Por isto, vá procurar conhecer todos os detalhes da profissão que você quer abraçar. Busque conversar com os profissionais da área, saber como eles traçaram a carreira, quais as dificuldades e quais os melhores benefícios que a profissão pode trazer.

Se você já tem experiência profissional, antes de iniciar uma nova formação acadêmica voltada para a nova profissão que você busca, busque informações na internet, em blogs, busque literatura especializada como revistas e outras publicações do ramo. Isto porque uma formação acadêmica geralmente é bastante cara e demorada. Além disso, cursos acadêmicos tendem a dar foco na parte mais conceitual e técnica da profissão e isto poderá lhe desanimar a mudar de profissão.

Outro ponto importante é que – na grande maioria das vezes – alguma coisa de sua profissão atual ou anterior você poderá utilizar em sua nova empreitada. Conhecimento nunca é demais, ele é adaptável.

Depois desta primeira etapa, se você ainda achar que este profissão é o que você de fato quer fazer, prepare-se para fazer a mudança. Assim, a segunda coisa a fazer é se preparar para fazer a mudança de profissão. esta preparação poderá ser financeira. Isto mesmo, juntar dinheiro, fazer uma poupança e reduzir o padrão de vida. Isto porque você não acha que vai mudar de profissão e de cara sair ganhando o mesmo dinheiro que você ganha hoje em sua profissão já consolidado, não é mesmo? E este é um fator de sucesso, porque um começo difícil sem uma reserva financeira pode jogar seu sonho de mudar de profissão no lixo.

A terceira coisa a fazer é buscar trabalhar na área. Inicialmente você poderá atuar aos finais de semana ou mesmo em horários complementares ao seu trabalho atual. Você também poderá trabalhar como um aprendiz junto a algum profissional experiente na área que você quer abraçar, ajudando-o como mão-de-obra extra e recebendo em troca conhecimento.

Busque também se entrosar no meio profissional de sua nova atividade, assim você com certeza conhecerá “atalhos” para fazer uma transição de carreira mais tranqüila.

São diversas histórias bem-sucedidas de profissionais que trilharam este caminho com sucesso: advogados que viraram professores de cursinho, pilotos que viraram executivos de grandes empresas, nutricionistas que se tornaram músicos e até histórias mais incomuns como a de alguns componentes do Cirque du Soleil.

O mais importante é que as noites de domingos não podem gerar um sentimento de tristeza e aflição pela espera de retornar ao trabalho na segunda-feira.

BOA SORTE!!

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Anvisa lança banco de dados com informações e preços de produtos para a saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lança, nesta terça-feira (14), um banco de dados inédito com informações e preços dos produtos de saúde comercializados no país.

A ferramenta irá permitir aos gestores da área de saúde comparar produtos e preços, praticados no Brasil e no exterior, de itens como marcapassos, stents e endopróteses vasculares.  Nesse primeiro momento serão disponibilizadas informações sobre cerca de 250 produtos da área de cardiologia.

O banco de dados faz parte de um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Saúde (ANS), que irá repassar as informações para as operadoras de planos de saúde, evitando assim aquisições com preços superiores aos praticados no mercado. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, e o diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin, participam da cerimônia de lançamento.

Serviço:
Lançamento do Banco de Dados de Produtos para a Saúde
Data:
14 de setembro, às 10h
Local: Auditório da Anvisa – SIA Trecho 5 , Área Especial 57, Brasília -DF

Anvisa – 13/09/2010

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Remédios falsos – uma praga para ricos e pobres

Quando o assunto é cocaína e heroína, a tolerância é sempre zero, ao contrário do que acontece com falsificação de medicamentos. Nesse terreno, leniência tem sido o nome do jogo. Quantos “spans” de um Viagra mais que suspeito a precinho de ocasião desfilam em sua caixa postal? Dá pra comprar de tudo que é jeito e largam dentro da tua casa. No mundo todo, a indústria farmacêutica pressiona pra que os governos sejam mais severos com os  counterfeits. Até a igreja entrou na briga, via um comunicado do papa colocando a luta contra as falsificações como uma prioridade. E faz todo o sentido. A ordem do dia é investir em desenvolvimento tecnológico pré dificultar a vida dos criminosos – por uma simples questão: medicamento falso, diferente de um CD ou de um perfume, mata. Remédio falso é sinônimo de país pobre – ledo engano. Segundo John Clark, Vice President e CSO da Pfizer Global Security, no Canadá e os EUA, considerados países “seguros”, Viagra está no topo da lista das imitações vendidas a preço baixo. Falsificações de Lipitor®, Norvasc®, Zithromax® foram encontradas em 44 países, vendidos em redes de farmácias “confiáveis” (mais de 11 milhões de cápsulas e tabletes rastreados pela Pfizer). A coisa banalizou de uma forma, que um estudo financiado pela própria Pfizer mostra que metade dos consumidores europeus em 14 países têm habitualmente obtido medicamentos por canais “ilícitos”. Isso tudo movimenta um mercado de cerca de 12,8 bilhões de dólares.Pra conter esse tsunami, da mesma forma como pressionam os governos pra que se posicionem, empresas inovadoras correm para desenvolver softwares e processos de rastreamento cada vez mais incríveis. A IBM lançou um chip identificador por radio freqüência (RFID), uma espécie de “detector de fakes”, a ser impresso na embalagem dos remédios. Abbott e 3M fizeram o mesmo. Em país pobre, cada um se defende como pode – Uma empresa africana chamada mPedigree (Gana) criou um jeito de usar o celular para detectar falsificações – um selo em alto relevo no topo da caixa é raspado pelo consumidor, que passa uma mensagem com o código impresso por baixo da raspagem para uma central – essa informa se o remédio é falso ou não.  A Nigéria, país vizinho que sofre com medicamentos falsos, gostou da coisa e vai implantar. O importante é dificultar – quanto mais caro e complexo for para um vigarista falsificar um remédio, mais ele vai ter que mudar seu “ramo” de negócios, diversificar – ainda que seja crime injustificável, falsificar sapatos, bolsas femininas e perfumes, não mata ninguém. Acabar, não acaba, minimiza – mas é sendo é com intolerância que se combate as pragas.

Fonte: The Economist – set/2010 & Wikipedia.

Postado por Se Espirrar, Saúde às 02:23

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O Poder da Validação

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.

Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.

Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de “validação”, embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: “Você tem significado para mim”. Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: “Gosto de você pelo que você é”. Quem cunhou a frase “Por trás de um grande homem existe uma grande mulher” (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o “máximo”, que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o “máximo” são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.

Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um “valeu, cara, valeu”.

Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Stephen Kanitz

Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

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Prêmio reconhece trabalhos sobre uso racional de medicamentos

Estão abertas, até o dia 15 de setembro, as inscrições para o Prêmio Nacional de Incentivo ao Uso Racional de Medicamentos. Criado em 2009, o Prêmio visa reconhecer o mérito de experiências e estudos voltados à promoção do uso racional de medicamentos importantes para a saúde pública e o trabalho de profissionais que buscam garantir o direito à vida.

O Ministério da Saúde instituiu o prêmio como forma de compartilhar o conhecimento e de incentivar a produção técnico-científica na área com aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS). É uma iniciativa do Comitê Nacional para a promoção do Uso Racional de Medicamentos, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS).

O Concurso está dividido em seis categorias: Experiência bem sucedida de profissionais nos serviços de saúde; Tese de doutorado; Dissertação de mestrado; Monografia de especialização e/ou residência; Trabalho em nível de graduação; e Trabalho desenvolvido em: entidades/instituições; meios de comunicação; e no âmbito da cultura.

Para mais informações, leia o Edital.

Postado em 27/08/2010 – ANVISA.

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Gerenciando cérebros e organizações


“Ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações”, afirma especialista

Mais do que gerenciar pessoas, as corporações que desejarem passar ilesas pelas tempestades do mundo contemporâneo, vão ter que aprender a gerenciar cérebros e todas as suas peculiaridades. Gerenciar cérebros é, portanto, o novo e grande desafio da liderança moderna, pois o bem-estar da organização passa, necessariamente pelo bem-estar das pessoas, e o bem-estar das pessoas passa, imprescindivelmente pelo bem-estar de seus cérebros.

É sabido que o homem, como animal social que é, necessita emocionalmente do relacionamento, das conexões com seus semelhantes. Tal fato se demonstra nas mais diversas e complexas estruturas sociais que desenvolvemos desde os nossos ancestrais, no intuito de garantirmos a sobrevivência e o domínio do planeta. Assim como na sociedade, na família, na escola, nas empresas, estabelecem-se níveis e hierarquias de poder que determinam a organização dessas estruturas e garantem a coexistência de seus membros.

O cérebro e o poder

Em qualquer tipo de estrutura social organizada podemos vislumbrar alguns tipos de poder, dos quais se destacam:

• Poder posicional
É o poder inerente à estrutura da organização, normalmente definido por um cargo ou função ocupado necessariamente por uma pessoa. Exemplos: O pai, na família; o gerente, na empresa; o prefeito, no município.

• Poder de recompensa
Comumente vinculado ao poder posicional, é o direito que o ocupante de um cargo ou função na estrutura tem de recompensar pessoas por um comportamento adequado.
Exemplos: O elogio do pai ao filho; a premiação do gerente ao funcionário; a promoção do prefeito ao servidor.

• Poder coercitivo
Também diretamente conectado ao poder posicional, é a capacidade adquirida pelo ocupante de um cargo ou função de punir um comportamento inadequado.
Exemplos: O castigo do pai ao filho; a demissão do funcionário pelo gerente; o corte da gratificação do servidor pelo prefeito.

Poder de especialização
Diz respeito ao conhecimento ou habilidade específica que alguém possui e desperta o interesse de determinado grupo de pessoas.
Exemplo: Um consultor especialista em finanças em relação a um grupo de analistas financeiros.

• Poder de referência
Associado ao aspecto humano do indivíduo, à sua capacidade de cativar, conquistar, persuadir e mobilizar pessoas independentemente daquilo que representa em determinada estrutura. Ou seja, é o poder vinculado ao caráter, ao carisma, ao comportamento.

Diante das evidências, é fácil inferir que numa era de gestão de cérebros, o único poder que resolve é o ‘Poder de Referência’. E isto acontece porque o poder de referência é o único que contempla todas as nuances do cérebro alheio.

O cérebro e as organizações

Quando éramos coletores e caçadores, as estruturas sociais eram simples, vivíamos com base no nomadismo, habitávamos tribos e o poder era concentrado normalmente na mão do mais forte e ágil do clã. Evidentemente, nossos ancestrais dispunham de uma estrutura cerebral primitiva que atendia suas demandas, diga-se de passagem, extremamente básicas.

Há aproximadamente 12 mil anos, nos tornamos agricultores e passamos a viver de forma sedentária, sustentados por uma estrutura social mais complexa. Surgiram as comunidades e aparece de forma declarada, pela primeira vez na história humana o ‘Poder Posicional’. A era dos senhores feudais, dos coronéis e dos capatazes. Uma sociedade hierarquicamente posicionada, onde poucos mandam e muitos obedecem.

Neste momento, as pessoas têm seus cérebros atrofiados, pois executam atividades repetitivas, mecânicas, onde o sistema nervoso periférico com seus nervos motores é suficiente para o gerenciamento do comportamento. Não há pensamento crítico, análise, julgamento, criatividade (atividades cognitivas tipicamente humanas).

O ápice do ‘Poder Posicional’ acontece no final do século XVIII, quando teve início na Inglaterra a tão difundida revolução industrial. Surge a relação Capital versus Trabalho, onde o capital vale mais. As organizações e as pessoas passam a celebrar contratos em que impera a execução de atividades em detrimento do pensamento crítico e racional. Novamente, os cérebros são relegados aos bastidores da atividade econômica. Uma frase de Henry Ford retrata bem o modelo vigente nessa época: “Toda vez que eu preciso de um par de mãos para trabalhar, vem junto uma pessoa para atrapalhar…” disse ele. O que as organizações desejavam era justamente a mão-de-obra.

Por volta da década de 1980, culminando com a revolução das telecomunicações e da tecnologia, surge a Era do Conhecimento, e finalmente, a capacidade cognitiva humana passa a ter seu espaço nas intrincadas estruturas sociais. Sai a expressão mão-de-obra e surge o modelo cérebro-de-obra. As organizações descobrem o óbvio: as pessoas são melhores quando pensam!

Atualmente, vivemos uma novíssima economia – tão nova que já não está baseada na informação, mas sim na competência em utilizá-la. O mais fantástico: essa competência é essencialmente comportamental, e os comportamentos, como bem sabemos, dependem dos cérebros. Ora, se os comportamentos são respostas aos estímulos que recebemos nos mais variados contextos em que atuamos, e essas respostas dependem exclusivamente de como nossos cérebros mapeiam esses estímulos, então é justamente nos sistemas nervosos de cada indivíduo que devemos nos concentrar.

O cérebro finalmente está no comando

Com o intuito de entender mais e melhor a complexidade do comportamento humano, a neurociência vem flertando já há algum tempo com as estruturas de gestão de pessoas nas organizações para promover mudanças no modo de operar das diversas estruturas sociais a partir da gestão dos comportamentos humanos. Cada vez mais, treinamentos, ferramentas e pesquisas estão sendo viabilizados no sentido de potencializar as habilidades cerebrais, aumentando o nível de atenção, a concentração, a capacidade de retenção e aprendizado, a inteligência emocional, melhorando assim as respostas comportamentais das pessoas nos diversos ambientes em que atuam.

No início da década de 1990, o presidente americano George W. Bush anunciou que aquela seria a década do cérebro, e ele estava certo. Se nas eras industrial e da agricultura a produtividade estava relacionada à aptidão física das pessoas, na era do comportamento, definitivamente a produtividade está associada à aptidão mental. Se analisarmos as estruturas mentais mais primitivas: cérebro reptiliano e límbico (instintos e emoções), não perceberemos diferenças significativas entre o animal humano e os demais animais que habitam este planeta. O que nos diferencia, nos torna especiais, únicos e capazes de dominar este pequeno ponto azul alocado no universo é nosso córtex superior.

Cientistas têm mostrado com veemência por meio de imagens de ressonância magnética, que pessoas que foram expostas a situações específicas e as julgaram justas, tiveram seus centros de compensação do cérebro ativados como acontece quando se encontram com entes queridos por exemplo. Isto significa que houve aumento na emissão de serotonina (neurotransmissor do bem-estar, que tem profundo efeito no humor, na ansiedade e no comportamento agressivo de um indivíduo).

Este fato abre um precedente para que a gestão de recursos humanos nas organizações passem a implementar políticas para o cultivo da justiça e de recompensas que inspirem as pessoas a terem mais confiança. De fato, o ‘Poder Posicional’ perde espaço neste contexto, pois o único poder capaz de estabelecer vínculos de confiança com seres humanos é o ‘Poder de Referência”. Assim, a empresa do futuro, focada nos cérebros que nela atuam, formará gestores com maior interesse nas pessoas, capazes de apoiá-las e recompensá-las verdadeiramente.

Na Era Wellness (era do bem-estar), não há mais sentido em alguém se orgulhar em viver sob altas doses de pressão e estresse e não ter tempo para nada. Um gestor perverso, que promove estresse em seu ambiente de trabalho, irá inundar o cérebro de seus colaboradores com cortisol, fazendo com que se desliguem, se fechem para novas ideias, percam motivação e parem de nutrir o desejo de ajudar. Sem contar que o estresse prolongado diminui a produção de neurônios, compromete muito a memória, afeta os sentimentos, reduz a imunidade do organismo e influencia negativamente a longevidade.

O cérebro e a qualidade de vida

Suzana Herculano Houzel, neurocientista brasileira, chefe do Departamento de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é da opinião de que pessoas que têm mais atividade mental têm, em conseqüência, maior qualidade de vida. Para ela, o cérebro ideal é aquele com o qual nos sentimos bem. Pessoas que estimulam mais seus cérebros aumentam suas habilidades cognitivas, expandem suas sinapses, otimizam seus neurônios e enfim, tornam-se mais inteligentes.

A qualidade de vida de uma pessoa está diretamente relacionada à qualidade de suas escolhas, e suas escolhas dependem de um cérebro saudável. É fascinante notar que a maioria das pessoas está tão automatizada em suas experiências cotidianas que não reflete mais sobre suas próprias prioridades, e elas escolhem num automatismo assustador.

Essa rotina de comportamentos automatizados, repetitivos e previsíveis atrofia a atividade mental de qualquer pessoa, limitando-a, tornando-a pior a cada dia. Um cérebro pouco estimulado é um gigante que adormece. Sem dúvida, a sensação de bem-estar no dia-a-dia depende diretamente da qualidade da vida mental do indivíduo. Os cientistas são unânimes em afirmar: Assim como exercitamos nossos músculos para que os mesmos não atrofiem, necessitamos exercitar nosso cérebro para desenvolvê-lo. È claro que o tipo de exercício é bem diferente.

Os pesquisadores defendem que é preciso manter constantemente a atividade dos neurônios. Assim, o cérebro fica afiado. A malhação, neste caso, é feita com estímulos frequentes, como aprender um novo movimento de dança, ler sobre um assunto com o qual não está habituado ou simplesmente mudar o caminho do escritório até sua casa. Atitudes como essas, segundo os especialistas no assunto, são capazes de aumentar o poder de raciocínio, a concentração e até habilidades como desenhar ou escrever.

Uma das provas de que exercitar a mente é fundamental para a juventude do órgão foi publicada em 2001 no Jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América. Pesquisadores americanos mostraram que pessoas com o hábito contínuo de ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas ou dançar estão duas vezes mais protegidas do mal de Alzheimer – doença degenerativa que pode surgir com o envelhecimento – do que as que passam a vida acomodadas, apenas assistindo TV, por exemplo.

Os cientistas entrevistaram os familiares de 193 pacientes com o problema para identificar os hábitos culturais dos participantes e também conversaram com 358 pessoas sãs. Todos tinham cerca de 70 anos. Concluíram que quem sofre do mal de Alzheimer geralmente costumava passar horas diante da TV ou ao telefone, enquanto os voluntários saudáveis sempre exercitaram o cérebro.

O cérebro e a mente

Um cérebro pode morrer! E quando ele morre nosso corpo também morre. Todavia, a mente é capaz de se manter viva e tornar-se eterna. A mente é a maior riqueza de uma pessoa, é seu legado, é o que fica quando o cérebro “desliga”. Ela guarda seus segredos, vontades, desejos, anseios, memórias, histórias, e tudo mais que diz respeito a você como criatura humana.

As organizações modernas, mais do que em qualquer outra época da história do homem na terra, querem pessoas capazes de influenciar seus contextos com suas mentes. E para tal, tornam-se fundamentais cérebros ativos, saudáveis, devidamente estimulados. A sociedade necessita urgentemente de seres humanos que desenvolvam e utilizem a maior de suas potencialidades: a atividade mental cognitiva. A mente é o que fica do uso que fazemos ao longo da vida desse ilustre desconhecido: o cérebro.

Talvez, a descoberta mais fantástica que qualquer pessoa pode fazer a respeito de seu próprio cérebro é que ele tem uma incrível vocação social, ou seja, é voltado para o relacionamento. Quanto mais nos relacionamos, maior será nossa aptidão mental desenvolvida. As diversas organizações que criamos ao longo de nossa história como ser pensante (família, escola, empresa, comunidade, estado, país, etc) são uma busca inconsciente e compulsiva de nossos próprios cérebros em satisfazer sua vocação natural.

Em poucos anos, ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações. Por que as organizações dependem dos cérebros, que necessariamente necessitam das organizações.

Gerson Rodrigues (Especialista em Marketing de Relacionamento, em Vendas Diretas com ênfase em CRM. Palestrante, consultor e autor do livro: Atendimento Nota 1000, o que fazer para encantar e fidelizar clientes.

HSM Online
23/08/2010

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Inovar ou lamentar? A decisão é sua…

Cuidado com determinados modelos de crenças, como aquele: “Prefiro ganhar pouco, ter saúde e ser feliz do que ganhar muito e viver preocupado” Quando o resultado das nossas ações não satisfaz, é preciso parar um pouquinho e, com toda a lucidez e humildade, analisar onde podemos estar errando. Viver despreocupadamente é o desejo que trazemos “de fábrica”. Porém, em muitos momentos, deixamos de assumir o controle de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, uma auto-sabotagem que confundimos com uma pseudo-tranquilidade. Não é raro depararmos com amigos que miram duas opções extremas de vida. Percebem apenas o oito e o oitenta, esquecendo-se das 72 opções que existem entre eles, das sete que antecedem o oito e do infinito que sucede o oitenta. “Prefiro ganhar pouco, ter saúde e ser feliz do que ganhar muito e viver preocupado” é o tipo de crença instalada que nos serve de justificativa para a nossa falta de mobilização e o nosso medo – sim, o medo – de assumir o controle. Quem disse que não é possível ganhar bem, ter saúde e ser feliz? Essa dissociação entre dinheiro e felicidade, tratados como universos antagônicos, estabelece em nós um padrão limitante de crenças. A partir desse modelo, idealizamos nossos pensamentos, que rascunharão nossos sentimentos, que comporão nossas atitudes e, finalmente, materializarão nossos resultados. O dinheiro é uma energia neutra e sua polarização está nas nossas mãos: é possível tratá-la como algo sujo, que corrompe e demoniza ou como algo que promove mudança, movimenta a economia, gera trabalho, fomenta a tecnologia e todas as outras esferas de prosperidade que a nossa inteligência pode imaginar. Além do dinheiro, as demais energias neutras à nossa disposição – como o trabalho, o tempo, a fé, a ciência e os relacionamentos, entre outras – estão sujeitas ao nosso padrão mental. A possibilidade de inovação desse padrão é uma realidade, mas a decisão em adotá-la e monitorá-la é individual. O nosso modelo de crenças, ou padrão mental, é o mapa que vai nos orientar no campo da ação, e devemos estar conscientes que, entre mapa e terreno, existem variáveis controláveis e incontroláveis. Daí a necessidade de avaliar cada passo, parando de tratar tudo como fruto do acaso ou do “azar que me ungiu quando nasci” – outro modelo de crença. No oposto do espírito da inovação está o espírito da lamentação. Quando o padrão mental é de lamentação, o resultado que se atinge, invariavelmente é o de uma vida lamentável.

Eduardo Zugaib (Profissional de comunicação e palestrante – www.eduardozugaib.com.br)

HSM Online 23/08/2010

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Curso de Capacitação em “Logística Farmacêutica”

Objetivo: A cadeia logística farmacêutica em todas as etapas das operações requer cuidados específicos para o medicamento. Isto porque, para a manutenção da qualidade deste produto desde sua produção até a entrega ao usuário final, as empresas envolvidas nessas etapas devem atender os requisitos sanitários preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária/MS. Desta forma a qualificação dos serviços de armazenagem, distribuição e transporte de produtos farmacêuticos torna-se um requisito essencial para atuar neste segmento específico. Por meio da exemplificação de casos reais, o objetivo deste curso é abordar os principais conceitos e terminologias, interpretação das exigências, com enfoque aspectos técnicos, documentais e operacionais. O conhecimento adquirido permitirá ao aluno ter uma visão geral da logística farmacêutica permitindo a aplicação deste na prática do seu dia a dia.

Público Alvo:

Farmacêuticos e profissionais atuantes na indústria farmacêutica, importadoras, distribuidoras, hospitais, centros de distribuição do setor público, rede de drogarias e transportadoras.

Conteúdo Programático:

– Introdução à Logística Farmacêutica

– Legislação Sanitária

– Gestão de Armazenagem e Distribuição

– Gestão e Qualificação de Transporte

– Sistema de Rede de Frio

– Medidas de combate à falsificação e roubo de carga

– Rastreabilidade

– Debate Final

Data: 27 de novembro de 2010( será no sábado)

Horário: Das 8:00 às 17:00 hs

Local: Rua São José nº 40 – Centro-Rio de Janeiro- RJ – “BQ-Escritórios virtuais e Centro de Treinamento”
Clique aqui e veja o mapa de localização

http://pfarma.com.br/curso/index.html