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Remédios falsos – uma praga para ricos e pobres

Quando o assunto é cocaína e heroína, a tolerância é sempre zero, ao contrário do que acontece com falsificação de medicamentos. Nesse terreno, leniência tem sido o nome do jogo. Quantos “spans” de um Viagra mais que suspeito a precinho de ocasião desfilam em sua caixa postal? Dá pra comprar de tudo que é jeito e largam dentro da tua casa. No mundo todo, a indústria farmacêutica pressiona pra que os governos sejam mais severos com os  counterfeits. Até a igreja entrou na briga, via um comunicado do papa colocando a luta contra as falsificações como uma prioridade. E faz todo o sentido. A ordem do dia é investir em desenvolvimento tecnológico pré dificultar a vida dos criminosos – por uma simples questão: medicamento falso, diferente de um CD ou de um perfume, mata. Remédio falso é sinônimo de país pobre – ledo engano. Segundo John Clark, Vice President e CSO da Pfizer Global Security, no Canadá e os EUA, considerados países “seguros”, Viagra está no topo da lista das imitações vendidas a preço baixo. Falsificações de Lipitor®, Norvasc®, Zithromax® foram encontradas em 44 países, vendidos em redes de farmácias “confiáveis” (mais de 11 milhões de cápsulas e tabletes rastreados pela Pfizer). A coisa banalizou de uma forma, que um estudo financiado pela própria Pfizer mostra que metade dos consumidores europeus em 14 países têm habitualmente obtido medicamentos por canais “ilícitos”. Isso tudo movimenta um mercado de cerca de 12,8 bilhões de dólares.Pra conter esse tsunami, da mesma forma como pressionam os governos pra que se posicionem, empresas inovadoras correm para desenvolver softwares e processos de rastreamento cada vez mais incríveis. A IBM lançou um chip identificador por radio freqüência (RFID), uma espécie de “detector de fakes”, a ser impresso na embalagem dos remédios. Abbott e 3M fizeram o mesmo. Em país pobre, cada um se defende como pode – Uma empresa africana chamada mPedigree (Gana) criou um jeito de usar o celular para detectar falsificações – um selo em alto relevo no topo da caixa é raspado pelo consumidor, que passa uma mensagem com o código impresso por baixo da raspagem para uma central – essa informa se o remédio é falso ou não.  A Nigéria, país vizinho que sofre com medicamentos falsos, gostou da coisa e vai implantar. O importante é dificultar – quanto mais caro e complexo for para um vigarista falsificar um remédio, mais ele vai ter que mudar seu “ramo” de negócios, diversificar – ainda que seja crime injustificável, falsificar sapatos, bolsas femininas e perfumes, não mata ninguém. Acabar, não acaba, minimiza – mas é sendo é com intolerância que se combate as pragas.

Fonte: The Economist – set/2010 & Wikipedia.

Postado por Se Espirrar, Saúde às 02:23

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O Poder da Validação

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.

Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.

Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de “validação”, embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: “Você tem significado para mim”. Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: “Gosto de você pelo que você é”. Quem cunhou a frase “Por trás de um grande homem existe uma grande mulher” (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o “máximo”, que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o “máximo” são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.

Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um “valeu, cara, valeu”.

Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Stephen Kanitz

Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

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Prêmio reconhece trabalhos sobre uso racional de medicamentos

Estão abertas, até o dia 15 de setembro, as inscrições para o Prêmio Nacional de Incentivo ao Uso Racional de Medicamentos. Criado em 2009, o Prêmio visa reconhecer o mérito de experiências e estudos voltados à promoção do uso racional de medicamentos importantes para a saúde pública e o trabalho de profissionais que buscam garantir o direito à vida.

O Ministério da Saúde instituiu o prêmio como forma de compartilhar o conhecimento e de incentivar a produção técnico-científica na área com aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS). É uma iniciativa do Comitê Nacional para a promoção do Uso Racional de Medicamentos, do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DAF/SCTIE/MS).

O Concurso está dividido em seis categorias: Experiência bem sucedida de profissionais nos serviços de saúde; Tese de doutorado; Dissertação de mestrado; Monografia de especialização e/ou residência; Trabalho em nível de graduação; e Trabalho desenvolvido em: entidades/instituições; meios de comunicação; e no âmbito da cultura.

Para mais informações, leia o Edital.

Postado em 27/08/2010 – ANVISA.

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Gerenciando cérebros e organizações


“Ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações”, afirma especialista

Mais do que gerenciar pessoas, as corporações que desejarem passar ilesas pelas tempestades do mundo contemporâneo, vão ter que aprender a gerenciar cérebros e todas as suas peculiaridades. Gerenciar cérebros é, portanto, o novo e grande desafio da liderança moderna, pois o bem-estar da organização passa, necessariamente pelo bem-estar das pessoas, e o bem-estar das pessoas passa, imprescindivelmente pelo bem-estar de seus cérebros.

É sabido que o homem, como animal social que é, necessita emocionalmente do relacionamento, das conexões com seus semelhantes. Tal fato se demonstra nas mais diversas e complexas estruturas sociais que desenvolvemos desde os nossos ancestrais, no intuito de garantirmos a sobrevivência e o domínio do planeta. Assim como na sociedade, na família, na escola, nas empresas, estabelecem-se níveis e hierarquias de poder que determinam a organização dessas estruturas e garantem a coexistência de seus membros.

O cérebro e o poder

Em qualquer tipo de estrutura social organizada podemos vislumbrar alguns tipos de poder, dos quais se destacam:

• Poder posicional
É o poder inerente à estrutura da organização, normalmente definido por um cargo ou função ocupado necessariamente por uma pessoa. Exemplos: O pai, na família; o gerente, na empresa; o prefeito, no município.

• Poder de recompensa
Comumente vinculado ao poder posicional, é o direito que o ocupante de um cargo ou função na estrutura tem de recompensar pessoas por um comportamento adequado.
Exemplos: O elogio do pai ao filho; a premiação do gerente ao funcionário; a promoção do prefeito ao servidor.

• Poder coercitivo
Também diretamente conectado ao poder posicional, é a capacidade adquirida pelo ocupante de um cargo ou função de punir um comportamento inadequado.
Exemplos: O castigo do pai ao filho; a demissão do funcionário pelo gerente; o corte da gratificação do servidor pelo prefeito.

Poder de especialização
Diz respeito ao conhecimento ou habilidade específica que alguém possui e desperta o interesse de determinado grupo de pessoas.
Exemplo: Um consultor especialista em finanças em relação a um grupo de analistas financeiros.

• Poder de referência
Associado ao aspecto humano do indivíduo, à sua capacidade de cativar, conquistar, persuadir e mobilizar pessoas independentemente daquilo que representa em determinada estrutura. Ou seja, é o poder vinculado ao caráter, ao carisma, ao comportamento.

Diante das evidências, é fácil inferir que numa era de gestão de cérebros, o único poder que resolve é o ‘Poder de Referência’. E isto acontece porque o poder de referência é o único que contempla todas as nuances do cérebro alheio.

O cérebro e as organizações

Quando éramos coletores e caçadores, as estruturas sociais eram simples, vivíamos com base no nomadismo, habitávamos tribos e o poder era concentrado normalmente na mão do mais forte e ágil do clã. Evidentemente, nossos ancestrais dispunham de uma estrutura cerebral primitiva que atendia suas demandas, diga-se de passagem, extremamente básicas.

Há aproximadamente 12 mil anos, nos tornamos agricultores e passamos a viver de forma sedentária, sustentados por uma estrutura social mais complexa. Surgiram as comunidades e aparece de forma declarada, pela primeira vez na história humana o ‘Poder Posicional’. A era dos senhores feudais, dos coronéis e dos capatazes. Uma sociedade hierarquicamente posicionada, onde poucos mandam e muitos obedecem.

Neste momento, as pessoas têm seus cérebros atrofiados, pois executam atividades repetitivas, mecânicas, onde o sistema nervoso periférico com seus nervos motores é suficiente para o gerenciamento do comportamento. Não há pensamento crítico, análise, julgamento, criatividade (atividades cognitivas tipicamente humanas).

O ápice do ‘Poder Posicional’ acontece no final do século XVIII, quando teve início na Inglaterra a tão difundida revolução industrial. Surge a relação Capital versus Trabalho, onde o capital vale mais. As organizações e as pessoas passam a celebrar contratos em que impera a execução de atividades em detrimento do pensamento crítico e racional. Novamente, os cérebros são relegados aos bastidores da atividade econômica. Uma frase de Henry Ford retrata bem o modelo vigente nessa época: “Toda vez que eu preciso de um par de mãos para trabalhar, vem junto uma pessoa para atrapalhar…” disse ele. O que as organizações desejavam era justamente a mão-de-obra.

Por volta da década de 1980, culminando com a revolução das telecomunicações e da tecnologia, surge a Era do Conhecimento, e finalmente, a capacidade cognitiva humana passa a ter seu espaço nas intrincadas estruturas sociais. Sai a expressão mão-de-obra e surge o modelo cérebro-de-obra. As organizações descobrem o óbvio: as pessoas são melhores quando pensam!

Atualmente, vivemos uma novíssima economia – tão nova que já não está baseada na informação, mas sim na competência em utilizá-la. O mais fantástico: essa competência é essencialmente comportamental, e os comportamentos, como bem sabemos, dependem dos cérebros. Ora, se os comportamentos são respostas aos estímulos que recebemos nos mais variados contextos em que atuamos, e essas respostas dependem exclusivamente de como nossos cérebros mapeiam esses estímulos, então é justamente nos sistemas nervosos de cada indivíduo que devemos nos concentrar.

O cérebro finalmente está no comando

Com o intuito de entender mais e melhor a complexidade do comportamento humano, a neurociência vem flertando já há algum tempo com as estruturas de gestão de pessoas nas organizações para promover mudanças no modo de operar das diversas estruturas sociais a partir da gestão dos comportamentos humanos. Cada vez mais, treinamentos, ferramentas e pesquisas estão sendo viabilizados no sentido de potencializar as habilidades cerebrais, aumentando o nível de atenção, a concentração, a capacidade de retenção e aprendizado, a inteligência emocional, melhorando assim as respostas comportamentais das pessoas nos diversos ambientes em que atuam.

No início da década de 1990, o presidente americano George W. Bush anunciou que aquela seria a década do cérebro, e ele estava certo. Se nas eras industrial e da agricultura a produtividade estava relacionada à aptidão física das pessoas, na era do comportamento, definitivamente a produtividade está associada à aptidão mental. Se analisarmos as estruturas mentais mais primitivas: cérebro reptiliano e límbico (instintos e emoções), não perceberemos diferenças significativas entre o animal humano e os demais animais que habitam este planeta. O que nos diferencia, nos torna especiais, únicos e capazes de dominar este pequeno ponto azul alocado no universo é nosso córtex superior.

Cientistas têm mostrado com veemência por meio de imagens de ressonância magnética, que pessoas que foram expostas a situações específicas e as julgaram justas, tiveram seus centros de compensação do cérebro ativados como acontece quando se encontram com entes queridos por exemplo. Isto significa que houve aumento na emissão de serotonina (neurotransmissor do bem-estar, que tem profundo efeito no humor, na ansiedade e no comportamento agressivo de um indivíduo).

Este fato abre um precedente para que a gestão de recursos humanos nas organizações passem a implementar políticas para o cultivo da justiça e de recompensas que inspirem as pessoas a terem mais confiança. De fato, o ‘Poder Posicional’ perde espaço neste contexto, pois o único poder capaz de estabelecer vínculos de confiança com seres humanos é o ‘Poder de Referência”. Assim, a empresa do futuro, focada nos cérebros que nela atuam, formará gestores com maior interesse nas pessoas, capazes de apoiá-las e recompensá-las verdadeiramente.

Na Era Wellness (era do bem-estar), não há mais sentido em alguém se orgulhar em viver sob altas doses de pressão e estresse e não ter tempo para nada. Um gestor perverso, que promove estresse em seu ambiente de trabalho, irá inundar o cérebro de seus colaboradores com cortisol, fazendo com que se desliguem, se fechem para novas ideias, percam motivação e parem de nutrir o desejo de ajudar. Sem contar que o estresse prolongado diminui a produção de neurônios, compromete muito a memória, afeta os sentimentos, reduz a imunidade do organismo e influencia negativamente a longevidade.

O cérebro e a qualidade de vida

Suzana Herculano Houzel, neurocientista brasileira, chefe do Departamento de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é da opinião de que pessoas que têm mais atividade mental têm, em conseqüência, maior qualidade de vida. Para ela, o cérebro ideal é aquele com o qual nos sentimos bem. Pessoas que estimulam mais seus cérebros aumentam suas habilidades cognitivas, expandem suas sinapses, otimizam seus neurônios e enfim, tornam-se mais inteligentes.

A qualidade de vida de uma pessoa está diretamente relacionada à qualidade de suas escolhas, e suas escolhas dependem de um cérebro saudável. É fascinante notar que a maioria das pessoas está tão automatizada em suas experiências cotidianas que não reflete mais sobre suas próprias prioridades, e elas escolhem num automatismo assustador.

Essa rotina de comportamentos automatizados, repetitivos e previsíveis atrofia a atividade mental de qualquer pessoa, limitando-a, tornando-a pior a cada dia. Um cérebro pouco estimulado é um gigante que adormece. Sem dúvida, a sensação de bem-estar no dia-a-dia depende diretamente da qualidade da vida mental do indivíduo. Os cientistas são unânimes em afirmar: Assim como exercitamos nossos músculos para que os mesmos não atrofiem, necessitamos exercitar nosso cérebro para desenvolvê-lo. È claro que o tipo de exercício é bem diferente.

Os pesquisadores defendem que é preciso manter constantemente a atividade dos neurônios. Assim, o cérebro fica afiado. A malhação, neste caso, é feita com estímulos frequentes, como aprender um novo movimento de dança, ler sobre um assunto com o qual não está habituado ou simplesmente mudar o caminho do escritório até sua casa. Atitudes como essas, segundo os especialistas no assunto, são capazes de aumentar o poder de raciocínio, a concentração e até habilidades como desenhar ou escrever.

Uma das provas de que exercitar a mente é fundamental para a juventude do órgão foi publicada em 2001 no Jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América. Pesquisadores americanos mostraram que pessoas com o hábito contínuo de ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas ou dançar estão duas vezes mais protegidas do mal de Alzheimer – doença degenerativa que pode surgir com o envelhecimento – do que as que passam a vida acomodadas, apenas assistindo TV, por exemplo.

Os cientistas entrevistaram os familiares de 193 pacientes com o problema para identificar os hábitos culturais dos participantes e também conversaram com 358 pessoas sãs. Todos tinham cerca de 70 anos. Concluíram que quem sofre do mal de Alzheimer geralmente costumava passar horas diante da TV ou ao telefone, enquanto os voluntários saudáveis sempre exercitaram o cérebro.

O cérebro e a mente

Um cérebro pode morrer! E quando ele morre nosso corpo também morre. Todavia, a mente é capaz de se manter viva e tornar-se eterna. A mente é a maior riqueza de uma pessoa, é seu legado, é o que fica quando o cérebro “desliga”. Ela guarda seus segredos, vontades, desejos, anseios, memórias, histórias, e tudo mais que diz respeito a você como criatura humana.

As organizações modernas, mais do que em qualquer outra época da história do homem na terra, querem pessoas capazes de influenciar seus contextos com suas mentes. E para tal, tornam-se fundamentais cérebros ativos, saudáveis, devidamente estimulados. A sociedade necessita urgentemente de seres humanos que desenvolvam e utilizem a maior de suas potencialidades: a atividade mental cognitiva. A mente é o que fica do uso que fazemos ao longo da vida desse ilustre desconhecido: o cérebro.

Talvez, a descoberta mais fantástica que qualquer pessoa pode fazer a respeito de seu próprio cérebro é que ele tem uma incrível vocação social, ou seja, é voltado para o relacionamento. Quanto mais nos relacionamos, maior será nossa aptidão mental desenvolvida. As diversas organizações que criamos ao longo de nossa história como ser pensante (família, escola, empresa, comunidade, estado, país, etc) são uma busca inconsciente e compulsiva de nossos próprios cérebros em satisfazer sua vocação natural.

Em poucos anos, ou as organizações aprendem a gerenciar cérebros ou não serão mais organizações. Por que as organizações dependem dos cérebros, que necessariamente necessitam das organizações.

Gerson Rodrigues (Especialista em Marketing de Relacionamento, em Vendas Diretas com ênfase em CRM. Palestrante, consultor e autor do livro: Atendimento Nota 1000, o que fazer para encantar e fidelizar clientes.

HSM Online
23/08/2010

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Inovar ou lamentar? A decisão é sua…

Cuidado com determinados modelos de crenças, como aquele: “Prefiro ganhar pouco, ter saúde e ser feliz do que ganhar muito e viver preocupado” Quando o resultado das nossas ações não satisfaz, é preciso parar um pouquinho e, com toda a lucidez e humildade, analisar onde podemos estar errando. Viver despreocupadamente é o desejo que trazemos “de fábrica”. Porém, em muitos momentos, deixamos de assumir o controle de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, uma auto-sabotagem que confundimos com uma pseudo-tranquilidade. Não é raro depararmos com amigos que miram duas opções extremas de vida. Percebem apenas o oito e o oitenta, esquecendo-se das 72 opções que existem entre eles, das sete que antecedem o oito e do infinito que sucede o oitenta. “Prefiro ganhar pouco, ter saúde e ser feliz do que ganhar muito e viver preocupado” é o tipo de crença instalada que nos serve de justificativa para a nossa falta de mobilização e o nosso medo – sim, o medo – de assumir o controle. Quem disse que não é possível ganhar bem, ter saúde e ser feliz? Essa dissociação entre dinheiro e felicidade, tratados como universos antagônicos, estabelece em nós um padrão limitante de crenças. A partir desse modelo, idealizamos nossos pensamentos, que rascunharão nossos sentimentos, que comporão nossas atitudes e, finalmente, materializarão nossos resultados. O dinheiro é uma energia neutra e sua polarização está nas nossas mãos: é possível tratá-la como algo sujo, que corrompe e demoniza ou como algo que promove mudança, movimenta a economia, gera trabalho, fomenta a tecnologia e todas as outras esferas de prosperidade que a nossa inteligência pode imaginar. Além do dinheiro, as demais energias neutras à nossa disposição – como o trabalho, o tempo, a fé, a ciência e os relacionamentos, entre outras – estão sujeitas ao nosso padrão mental. A possibilidade de inovação desse padrão é uma realidade, mas a decisão em adotá-la e monitorá-la é individual. O nosso modelo de crenças, ou padrão mental, é o mapa que vai nos orientar no campo da ação, e devemos estar conscientes que, entre mapa e terreno, existem variáveis controláveis e incontroláveis. Daí a necessidade de avaliar cada passo, parando de tratar tudo como fruto do acaso ou do “azar que me ungiu quando nasci” – outro modelo de crença. No oposto do espírito da inovação está o espírito da lamentação. Quando o padrão mental é de lamentação, o resultado que se atinge, invariavelmente é o de uma vida lamentável.

Eduardo Zugaib (Profissional de comunicação e palestrante – www.eduardozugaib.com.br)

HSM Online 23/08/2010

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Curso de Capacitação em “Logística Farmacêutica”

Objetivo: A cadeia logística farmacêutica em todas as etapas das operações requer cuidados específicos para o medicamento. Isto porque, para a manutenção da qualidade deste produto desde sua produção até a entrega ao usuário final, as empresas envolvidas nessas etapas devem atender os requisitos sanitários preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária/MS. Desta forma a qualificação dos serviços de armazenagem, distribuição e transporte de produtos farmacêuticos torna-se um requisito essencial para atuar neste segmento específico. Por meio da exemplificação de casos reais, o objetivo deste curso é abordar os principais conceitos e terminologias, interpretação das exigências, com enfoque aspectos técnicos, documentais e operacionais. O conhecimento adquirido permitirá ao aluno ter uma visão geral da logística farmacêutica permitindo a aplicação deste na prática do seu dia a dia.

Público Alvo:

Farmacêuticos e profissionais atuantes na indústria farmacêutica, importadoras, distribuidoras, hospitais, centros de distribuição do setor público, rede de drogarias e transportadoras.

Conteúdo Programático:

– Introdução à Logística Farmacêutica

– Legislação Sanitária

– Gestão de Armazenagem e Distribuição

– Gestão e Qualificação de Transporte

– Sistema de Rede de Frio

– Medidas de combate à falsificação e roubo de carga

– Rastreabilidade

– Debate Final

Data: 27 de novembro de 2010( será no sábado)

Horário: Das 8:00 às 17:00 hs

Local: Rua São José nº 40 – Centro-Rio de Janeiro- RJ – “BQ-Escritórios virtuais e Centro de Treinamento”
Clique aqui e veja o mapa de localização

http://pfarma.com.br/curso/index.html

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I Encontro de Farmácia e Enfermagem do XII Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica


Abaixo segue a programação do I Encontro de Farmácia e Enfermagem que acontecerá nos dias 30 de setembro e 01 e 02 de outubro 2010 em Curitiba – PR.
No site  do congresso é possível acessar a programação completa!

» Quinta-feira, 30 de setembro de 2010

• Sala 02
Horário Atividade
08:00 – 08:45 Conferência
Ensino e assistência em oncologia pediátrica: a experiência no Neoop – Núcleo de Estudos e Orientação em Oncologia Pediátrica
08:45 – 10:00 Conferência
A importância da educação continuada na prática diária da enfermagem em oncologia pediátrica
10:00 – 10:15 Intervalo
10:15 – 11:00 Conferência
Oncologia pediátrica: desafios para a enfermagem
11:00 – 12:15 Mesa Redonda
Educação de familiares no ambiente hospitalar: modelos de experiência
12:15 – 13:30 Intervalo para Almoço
13:30 – 14:15 Oficina
Competências do enfermeiro em oncologia pediátrica
14:15 – 15:30 Conferência
Sistematização da assistência de enfermagem em oncologia pediátrica
15:30 – 15:45 Intervalo
15:45 – 16:30 Conferência
Adaptação de um instrumento para classificação de pacientes baseado nas necessidades individualizadas no cuidado de enfermagem do paciente pediátrico oncológico
16:30 – 17:45 Conferência
A rotina da criança com câncer na UTI: o bem-estar e a qualidade de vida

» Sexta-feira, 01 de outubro de 2010

• Sala 02
Horário Atividade
08:00 – 08:45 Conferência
Estratégias de enfermagem no enfrentamento diário do processo de transplante em pediatria
08:45 – 10:00 Conferência
Complicações pós transplante de células tronco hematopoiéticas na Unidade de Terapia Intensiva
10:00 – 10:15 Intervalo
10:15 – 11:00 Conferência
Enfrentando a H1N1
11:00 – 12:15
Conferência
Cost otimization for treatment of children with cancer: clinical pharmacist role
John T. Wiernikowski, BScPhm, PharmD, FISOPP
12:15 – 13:30 Intervalo para Almoço
13:30 – 14:15 Conferência
Erros de medicação: ações para promoção da segurança do paciente pediátrico com câncer
14:15 – 15:30
Mesa Redonda
Erros de medicação na visão multidisciplinar
John T. Wiernikowski, BScPhm, PharmD, FISOPP
Farmª.Vania Mari Salvi Andrzejevski, Coordenadora CMIV – HEG
15:30 – 15:45 Intervalo
15:45 – 16:30
Conferência
Monitorização plasmática de fármacos em pediatria

Farmª.Patricia Zancanela, PhD em Química

16:30 – 17:45 Conferência
Atuação de enfermagem nas intercorrências com quimioterápicos

» Sábado, 02 de outubro de 2010

• Sala 02
Horário Atividade
08:00 – 08:45 Conferência
Fertilidade e câncer
08:45 – 10:00
Conferência
Elaborating protocos as part of clinical pharmacist activities
John T. Wiernikowski, BScPhm, PharmD, FISOPP
10:00 – 10:15 Intervalo
10:15 – 11:00 Conferência
Reconstituição imunológica, infecção e vacinação pós tratamento
11:00 – 12:15 Conferência
Cuidados paliativos em oncologia pediátrica
Cuidados paliativos: do conceito à prática em oncologia pediátrica
12:15 – 13:30 Intervalo para Almoço
13:30 – 14:15 Conferência
Sinais e sintomas das crianças e adolescentes com câncer em cuidados paliativos: identificação, avaliação e manejo/intervenção
14:15 – 15:30 Conferência
Processo de morte e luto na família da criança/adolescente com câncer

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Gestão da empresa EU

Defina a gestão dessa holding, lembrando que você terá que usar todas as teorias de motivação e liderança para alcançar um bom desempenho

Conhece a empresa EU? É, você. Será que está dando tanta atenção a empresa EU quanto dá à empresa em que você trabalha? Tente se encaixar em algum dos comportamentos a seguir:

1. Eu S.A. – acredita que a responsabilidade pelo seu futuro não é apenas sua, mas sim de uma sociedade… anônima.

2. Eu LTDA – aqui, assume-se uma responsabilidade limitada pelo próprio destino; afinal, há outros fatores do mundo que você não pode mudar.

3. Eu Pessoa Física – decido, logo existo.

O primeiro passo é ter objetivos claros, o segundo passo é planejar e o terceiro executar. Claro que existem diferenças e vantagens entre as pessoas: sociais, econômicas, genéticas etc. Porém, o que chama a atenção é ver pessoas que, contrariando as expectativas, superam-se. Lance Armstrong não desistiu.

Como diria Tony Robbins, decidir significa cortar qualquer outra possibilidade. Quando você decide conseguir algo, o fracasso não é mais uma opção. Agora sim, vamos traçar nossa estratégia para chegar lá. E os obstáculos? Randy Pausch (tradução livre): “os muros são para separar aqueles que realmente querem chegar do outro lado daqueles que ficarão se lamentando sem vencer o obstáculo.”

Assuma hoje mesmo o controle da empresa EU. Pense, não tenha preguiça de pensar. De que adianta preocupar-se com a empresa em que você trabalha, o planejamento estratégico dela, sistemas de gestão e tudo mais se a sua própria vida está um caos. Planeje-se: planejamento pessoal. Estabeleça seus objetivos calcados nos valores pessoais e na ética. Trace planos e os coloque em prática. Não tenha medo de mudar. Continue mudando a abordagem até conseguir seus objetivos. Não mude seu destino (objetivo), mude os caminhos para chegar até ele.

Artigo meio estranho, não? Filosófico. Ok, vamos para a prática: você tinha sonhos quando era criança? O que queria ser? Conseguiu? Está no caminho certo? Bem, se você respondeu negativamente, pode ser que tenha se perdido ao longo do tempo, deixou-se levar pelo “vai da valsa” enquanto o tempo escorria pelos dedos. Quem não sabe para onde ir, nunca saberá se chegou. Ou pior, poderá acabar onde nunca quis estar. Assista “Duas Vidas” com Bruce Willis (Disney).

Agora que já dei muitos puxões de orelha, vem o conselho (que se fosse bom, venderíamos, não é?): faça um Balanced Scorecard Pessoal. Você vai encontrar livros e artigos sobre o assunto. Dê a importância devida a sua vida e a das pessoas que convivem/dependem de você: sua família. Certa vez li um depoimento de um executivo que fez um BSC pessoal em que um dos indicadores era a quantidade de beijos diários na esposa. Na verdade, escrevi este artigo pensando no Dia dos Pais: quanto tempo você “dá” aos seus filhos? Ganhei os tradicionais presentes de Dia dos Pais, também um delicioso café da manhã na cama. Mas o melhor presente foi uma pequena bandeirola branca de pano, com muitos coraçõezinhos desenhados à mão e com a seguinte frase escrita de tinta guache: “Papai, meu herói e meu melhor amigo. Te amo”.

Lembro daquele texto “Father Forgets”, de W. Livingston Larned e procuro ser diferente. O que eu realmente queria dizer é: pense na empresa EU e na empresa NÓS (sua família), depois trace os planos e defina a gestão dessa holding, lembrando que você terá que usar todas as teorias de motivação e liderança, mas o resultado será maravilhoso: felicidade, que é o lucro da empresa EU. Se a sua empresa EU estiver deficitária ou endividada, é hora de se reestruturar. Não basta ser um ótimo empreendedor, gerente ou executivo e não ser um bom pai, filho, amigo e marido.

Mário Henrique Trentim (Diretor da iPM Consult – Consultoria Inteligente. Professor e coordenador dos cursos de MBA da CEDEPE Business School em gerenciamento de projetos. Membro voluntário do PMI Pernambuco – http://linkedin.com/in/trentim / mario.trentim@ipmconsult.ca)

HSM Online  23/08/2010

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Mercosul poderá ter Farmacopéia única

Representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai se reuniram para discutir a criação de Farmacopéia única para o MERCOSUL. De acordo com a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o encontro especifica os requisitos mínimos para fabricação e o controle da qualidade de medicamentos utilizados nos países.

Os estados parte do Mercosul já aprovaram a elaboração de uma proposta conjunta para o desenvolvimento da farmacopéia para o bloco econômico, com foco em uma menor dependência da importação de substâncias químicas de referência de outras farmacopéias, o que proporcionaria menor custo financeiro na aquisição das mesmas.

Saúde Business Web 23/08/2010

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FARMAPOLIS 15ª edição

De 12 a 14 de Novembro de 2010, farmacêuticos e farmacêuticas de todo o Brasil e da América Latina se encontrarão em mais uma edição do FARMAPOLIS. Ao longo de mais de uma década, os nossos eventos vem atraindo profissionais dispostos a serem protagonistas da sua própria história e da história da nossa profissão.

As muitas áreas em que atuamos fazem desta nossa profissão um oceano de oportunidades de intervenção na realidade, seja na área de medicamentos, alimentos ou análises clínicas.

Com as atividades envolvidas no XV Encontro Estadual de Farmacêuticos e Bioquímicos, no XIII Congresso Catarinense de Farmacêuticos e Bioquímicos, no VII Encontro de Farmacêuticos do Mercosul  e  no V Encontro de Farmacêuticos do SUS, os profissionais tem um Encontro com a Saúde ao chegarem em Florianópolis para participarem do FARMAPOLIS.

Inscreva seus trabalhos científicos até 15 de setembro. Participe dos cursos, conferências, mesas redondas, simpósios e da programação paralela. Visite a Feira de Serviços e Produtos. Convide colegas e venha participar de mais esse momento de construção da história da profissão farmacêutica e da saúde.

Venha fazer parte do XV FARMAPOLIS!

Caroline Junckes da Silva – Presidenta do Sindfar/SC  e do XV Farmapolis
Hortência Salett Muller Tierling – Presidenta do CRF/SC